sábado, 13 de fevereiro de 2010

Um caso na Vila Planalto, em Brasília


Cidadã residente na Vila Planalto, em Brasília, recorreu a este blog, por e-mail, solicitando a divulgação de uma reclamação aos órgãos “competentes” dos quais, pelos canais também “competentes”, não recebeu qualquer atenção.

Ver no mapa: a estrada Hotéis de Turismo passa entre a Vila Planalto e uma área, na parte superior do mapa, onde estão localizados importantes clubes sociais, mansões de aluguel para festas, luxuosos e aprazíveis condomínios, hotéis de inúmeras estrelas e fora do mapa, a cerca de dois quilômetros à direita, o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.

Pois é; sobre a linha vermelha, e na sua continuação para a esquerda, o Governo do Distrito Federal está duplicando a pista. Na parte correspondente à linha vermelha, ao longo de cerca de 700 metros, a obra está quase pronta, porém segmentada, sem bocas de lobo, escoamento pluvial, acostamento e meio-fio. Nenhuma máquina ou pessoal trabalhando. Como o trecho quase pronto não está aberto ao tráfego, crianças brincam por ali, a pé ou com bicicletas. Como alguns motoristas querem andar mais rapidamente, invadem o canteiro de obras para aproveitar os trechos do piso da pista já concluidos correndo, em alta velocidade e desviando das irregularidas, como numa demonstração de direção maluca.
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"Um Horror!!! E quando chove são dois horrores. Uma das poucas paradas de ônibus também é por ali: o terceiro de muitos horrores, não a parada, mas o sofrimento de ali se esperar por ônibus que nunca chegam. E quando chegam, mais horrores!!!!" (Expressões da reclamante).

Pronto, prezada amiga candanga: feito o registro.

Alguns detalhes interessantes sobre a história da Vila Planalto
(colhidos em pesquisas por meio do competente Google)

A Vila Planalto é, hoje, um bairro de Brasília, pertinho do Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, da Praça dos Três Poderes e da Esplanada dos Ministérios.

Foi inicialmente um acampamento dos operários que construíram Brasília (minha correspondente é neta de cadango da época). Terminadas as obras, o pessoal ficou por ali mesmo e o que era tecnicamente uma invasão tornou-se um bairro, principalmente porque ali morou por muitos anos um ministro de estado, numa área conhecida por “Fazendinha”, na verdade uma invasão ministerial. Serviços públicos de luz, água, esgoto, telefone etc. proibidos pelas posturas “municipais” (no tempo em que Brasília era governada por prefeito) foram instalados na Fazendinha e arredores. A Vila Planalto começou, portanto, por causa de uma incompetência governamental. Hoje é localidade de classe média, com alguns imóveis da faixa abastada.

A Vila Planalto tem grande quantidade de restaurantes, muitos são bons, outros improvisados e arteanais. Consta que por ali uma galinha de cabidela é muito apreciada; com uma particularidade: do mesmo modo que nos restaurantes de luxo, em São Paulo, Paris, ou Nova York, o cliente pode escolher a lagosta a ser preparada, na Vila Planalto também acontece algo parecido: “Quero aquela galinha ali!”

4 comentários:

Anônimo disse...

Yncon, falei para minha patroa (trabalho como doméstica; na verdade foi ela que me recomendou recorrer a você) sobre sua promessa de me ajudar. Ela abriu seu Blog e lá estava seu recado. Obrigada, valeu!

Agora é ela que quer lhe contar um outro caso. Pode?

Sua amiga secreta da Vila Planalto

Anônimo disse...

Prezada candanga. Estou lisonjeado e grato com seu interesse; diga para madame que mande!

O blogueiro

Anônimo disse...

Yncon, sou sua leitora da Vila Planalto, de Brasília.

Aquela obra aqui, da qual você já escreveu algo, continua parada e sem ninguém trabalhando nela. Será que o governador eleito agora em novembro, no segundo turno, fará alguma coisa?

Acho que esse que está aí, interinamente, não fará nada, a não ser ganhar um cargo no novo governo ou lote de terreno em alguma sinecura habitacional.

Yncon P. Tenth disse...

Amiga candanga da Vila Planalto:

Feito novo registro. Continue cooperando, com o blog e com você mesma.

Se o governador interino não ler o recado talvez o novo leia ou alguém de seu futuro governo. Ou, ainda, algum jornalista leitor de blogs...

Abraços, Yncon